Atos presenciais discutem temas da campanha A Democracia que Queremos

Durante os meses de setembro e outubro, a campanha A Democracia que Queremos contribuiu para a promoção de diversas atividades. Entre as ações desenvolvidas, os atos presenciais levaram às ruas e à arena pública as manifestações em defesa de um Brasil efetivamente democrático, com propostas para um novo sistema político.

Conheça um pouco sobre os atos realizados:

Poemas para a Democracia – Coletivo Autônomo de Estudantes de Filosofia (CAEF)

O CAEF realizou uma série de oficinas com crianças e adolescentes de escolas de São Paulo. Nas atividades, foi debatido o conceito de democracia, usando como exemplo a própria experiência dos jovens em jogos e brincadeiras, onde todos que participam têm que tomar decisões e assimilar suas regras.

O resultado das duas oficinas foi a criação do livro “Poemas para a Democracia”, que reúne poesias e ilustrações feitas pelas próprias crianças e adolescente. Além do formato digital, o livro foi impresso e distribuídos entre os jovens e organizações parceiras.

Para os integrantes do CAEF, além da produção de poesias e da edição do livro, também foram plantadas, “dentro do coração e da mente de ao menos 80 pessoas, que a Democracia pode ser, sim, plural e ao alcance de todos”.

As atividades contaram com o apoio da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político e parceria do Grupo Unidade/Lauzane Paulista, Biblioteca Pública Municipal Brito Broca, Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Sílvio Portugal e Centro de Convivência e Cooperativa São Domingos (CECCO).


Debate “A Favela e a Democracia que Queremos” – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase)

No dia 23 de setembro, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais (Ibase) realizou, no Rio de Janeiro, o encontro com candidatos/as negros/as e trans de favelas. Cerca de 50 pessoas estiveram presentes, além do público que acompanhou a transmissão pela internet.

O debate contou com apresentações de Benny Brioli (PSOL), vereadora travesti eleita para seu primeiro mandato; Cosme Felippsen (PT), representante do Morro da Providência; Dara Mandato (PT), coordenadora nacional do Coletivo Enegrecer; Monica Francisco (PSOL), deputada estadual do Rio de Janeiro; Rafaela Albergaria (PT), ativista pelo direito à vida de pessoas negras e periféricas; e Rodrigo Mondengo (PT), advogado de direitos humanos.

Os candidatos e candidatas falaram de suas dificuldades no processo eleitoral e suas propostas para as favelas.  Além disso, houve breve relato e entrega de documento-síntese sobre a realização da Conferência Popular pelo Direito à Cidade e sobre o Encontro Preparatório para a Conferência “Perspectivas das Favelas na luta pelo Direito à Cidade”. Ainda, os participantes receberam documento sobre o “Dossiê Rio – Favela é Cidade – Contribuições ao Debate sobre o Direito à Cidade”.

Para o Ibase, o encontro foi importante, entre vários outros pontos, para “fomentar o debate sobre a apropriação do orçamento, produzindo discussões com grupos de mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais no estado do Rio de Janeiro, onde grande parte dos recursos é utilizado para penalizar a juventude negra, com milhões investidos em intervenções militares em favelas”.


Ato em Defesa da Amazônia e dos povos indígenas – Fórum da Amazônia Oriental (FAOR)

No dia 5 de setembro – Dia da Amazônia no Brasil – foi realizado um ato público nas ruas de Belém, com a exposição de faixas, distribuição de material e intervenções para falar em defesa dos ativistas ambientais da região e da luta contra a mineração e o garimpo na Amazônia.

As pessoas mobilizadas para o ato também lembraram os 3 meses de assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, além da luta contra o marco temporal. Além de estudantes, professores e ativistas, indígenas venezuelanos da etnia Warao também participaram da intervenção organizada em frente a Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Da UEPA, os manifestantes foram até a refinaria de ouro da North Star. Em frente à empresa, denunciaram a falta de transparência e de democracia na tomada de decisão sobre a instalação da refinaria de ouro em Belém. Além disso, o grupo levantou questionamentos sobre a origem do ouro a ser refinado no local e a possibilidade de ser usado o minério extraído ilegalmente de Terras Indígenas.

A atividade contou com representantes do SISEMPPA, do SINTSEP/PA, da FENAMP, do SINDUEPA, do ANDES/SN, da CPT, da CSP-Conlutas, do Coletivo Feminista Marielle Vive, do coletivo Luta Ecossocialista, dos Centros Acadêmicos de Pedagogia e de Geografia da UEPA, da CAB, da UJR, da Unidos Pra Lutar, do Vamos à Luta, do Núcleo Ecossocialista do Juntos. Ainda, juntaram-se à manifestação professores e estudantes da UEPA.


Debate entre Candidatas Feministas Antirracistas de Pernambuco – Meu Voto Será Feminista

Cerca de 100 pessoas se reuniram, no dia 16 de setembro, em Recife (PE), para o Encontro de Candidatas Feministas Antirracistas de Pernambuco.

Considerado histórico por reunir, pela primeira vez, candidatas do campo progressista, o evento propôs que todas se imaginassem como membros de uma bancada eleita, exercitando a imaginação política de estarem juntas, no presente e no futuro. Ao mesmo tempo, o grupo teve a oportunidade de se apresentar para o público, ampliando o debate público sobre a democracia que queremos.

Realizado em parceria de Meu Voto Será Feminista com a Marco Zero Conteúdo, Rede de Mulheres Negras, Campanha Eu Voto em Negra, Fórum de Mulheres de Pernambuco e SOS Corpo, o debate foi oportuno por formular “a possibilidade de se construir um eixo de força de mulheres diversas, que seja ainda mais potente e capaz de, enquanto bancada de candidatas, ampliar as possibilidades coletivas de acesso ao poder”.

Após esse ato, as organizações proponentes estão certas de “não haverá nova eleição em Pernambuco sem que o modelo deste encontro, com a força que adquiriu, seja ponto de partida para a potencialização das candidaturas femininas do campo progressista”.


3º Encontro das Juventudes da Mata Sul de Pernambuco – Semeando Agroecologia nas Escolas e Comunidades (SAEC)

Em Catende, na região pernambucana da Mata Sul, jovens do SAEC promoveram, nos dias 21 e 22 de setembro, um evento para debater questões como LGBTfobia, racismo, agroecologia e participação política, com o tema “A Democracia que Queremos”.

O ato contou com a participação de um público diverso, reunindo a comunidade LGBTQIA+, povos tradicionais e juventudes rurais e urbanas, dos municípios de Catende, Ipojuca, Recife, Rio Formoso, Tamandaré, Tracunhaém, Palmares, Barreiros, Vitória de Santo Antão e Jaqueira.

Durante o encontro, foram realizadas análises de conjuntura e rodas de diálogo que abordou temas como  liberdade de expressão, racismo, preconceito, aborto e violência política. Também foram mencionadas e debatidas as formas como a política de desenvolve nas cidades dos participantes do evento. Se observou que nos municípios as políticas públicas voltadas para a juventude são negligenciadas ou inexistentes.

O 3º Encontro foi realizado pelo SAEC, em parceria com o Fórum das Juventudes de Pernambuco (Fojupe), a Comissão das Juventudes Multiplicadores da Agroecologia (CJMA), a Comissão Estadual de Jovens Rurais (Cejor) e a Associação LGBTQIA+ da Zona da Mata Sul (AMAS).


Apresentação de Cordel – Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG)

O coletivo EIG realizou, no dia 24 de setembro, uma intervenção no mercado público de Madalena, em Recife (PE). Com o tema “Um país com justiça social só se faz com real democracia”, o ato contou com cerca de 300 participantes e utilizou o cordel para falar sobre democracia.

Uma das integrantes do grupo Mulher-EIG, a cordelista e pastora Gilcimara escreveu a poesia popular que foi tema do ato. Formando dupla com um parceiro na viola, se apresentaram em local de acesso popular, dialogando com feirantes e transeuntes.

Enquanto as pessoas faziam suas compras, puderam ouvir a dupla de repentistas falando sobre democracia. Os versos cantados foram alternados com falas relativas a assuntos como: oportunidade de trabalho; melhoria das políticas públicas; efetiva participação das mulheres nas políticas públicas; garantia de saúde e educação para toda a população; inclusão social; valorização do trabalho rural; respeito aos indígenas; e valorização da cultura de paz.

O cordel declamado também foi impresso e distribuído aos frequentadores do mercado.


Campanha “Conselhos com Poder, Conselheiros Fortes” – Rede Brasileira de Conselhos (RBdC)

Com o objetivo de divulgar a importância dos conselhos para a democracia e provocar debates sobre os caminhos para o seu fortalecimento, a RBdC promoveu a campanha “Conselhos com Poder, Conselheiros Fortes”.

Como parte da campanha, foi realizada uma pesquisa com o intuito de colher ideias para fortalecer a participação direta e indireta exercidas nos conselhos gestores, de equipamentos e de políticas públicas do Brasil; e de criar um banco de boas práticas que já ocorrem ou deveriam ocorrer nos conselhos do País.

A divulgação da pesquisa também contou com discussões sobre a importância dos conselhos para o fortalecimento da democracia. Além disso, houve um seminário presencial para lançamento da campanha que pretende dar continuidade às consultas feitas aos conselheiros, com o intuito de acumular subsídios em defesa dos Conselhos e da atuação dos conselheiros e conselheiras.

Assista ao vídeo da Campanha Conselhos com Poder, Conselheiros Fortes.


Intervenção urbana – Coletivo Mulheres do Calafate

Um ato público, promovido pelo coletivo Mulheres do Calafate reuniu dezenas de pessoas na comunidade do Calafate, periferia de Salvador (BA), com o objetivo de destacar a importância da participação política e da democracia.

Após uma roda de diálogo, com o tema “A Democracia que Queremos”, as realizadoras seguiram pelas ruas da comunidade, distribuindo materiais, colando lambes e cartazes, e abordando moradores com a finalidade de ouvir as pessoas e de incentivar a defesa da democracia no País.

Para as organizadoras, o ato serviu para inserir a pauta do movimento feminista juntamente com os temas que envolvem a pauta da reforma do sistema político, promovendo o incentivo à formação política nos movimentos sociais.


Seminário sobre Democracia e Eleições – Museu Paiter a Soe

Organizado pelo Museu Paiter A Soe, o seminário presencial sobre as eleições 2022, com o tema A Democracia que Queremos, aconteceu na aldeia Gapgir, na Terra Indígena Sete de Setembro, em Rondônia. O objetivo do ato foi esclarecer questões ligadas ao sistema político e ao processo eleitoral, a partir das demandas dos povos indígenas.

Reunindo a comunidade local, o encontro também orientou sobre o funcionamento do sistema eletrônico de votação, sobretudo para os jovens que iriam votar pela primeira vez. Durante os debates se destacaram as ameaças contra os territórios e aos povos originários, a necessidade de ampliar a representação nos espaços de poder e a luta por instrumentos que garantam a proteção e direitos dos povos indígenas.

A Terra Indígena Sete de Setembro contempla 28 aldeias e fica próxima ao município de Cacoal (RO).