Campanha “A Democracia que Queremos” debate um novo sistema político por meio da arte

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A campanha “A Democracia que Queremos”, lançada no mês de julho pela Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, discutiu uma série de propostas para a construção de outro sistema político. Um destaque da campanha foi o debate feito a partir de videoperformances artísticas, produzidas com diversas linguagens – poesia, música, dança e outras.
As produções contempladas na chamada promovida pela Plataforma, com a finalidade de debater os temas discutidos no contexto da reforma política, estão publicadas no canal do YouTube. Nesses trabalhos, músicos, poetas, bailarinos e outros artistas falam de sonhos, utopias e realidade, expressando o desejo por um novo Brasil.
Conheça os trabalhos contemplados:

Kenuu Alves – Fé
Dança. “Gay, preto, candomblecista e empreendedor. Isso te cala ou te assusta?” Esse é o questionamento do bailarino e coreógrafo Kenuu Alves. Ao som da música “Fé”, de Iza, o artista nos mostra que nosso corpo também é político.
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Sandra Mascarenhas – Palavra, vibração em movimento
O tema é a ancestralidade, ancorada na cosmovisão tupi guarani na qual Tupi significa som-de-pé. A dança-poesia versa sobre nossa origem material e imaterial, advinda de uma rica sabedoria ancestral dos povos nativos do Brasil, que nos foi negada e invisibilizada.
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Aldeia Coroado – Entre|Guerras
Proposta desenvolvida em parceria com o projeto Aldeia Coroado, um ambiente para criações artísticas, com foco no encontro de saberes e no fortalecimento da cultura negra, periférica e LGBT+. Para a produção, foram tomadas como referências textos, imagens e narrativas de povos quilombolas e indígenas no Maranhão.
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Daniela Bento – Cordel Coisa de Preto
Cordel, com reflexões sobre o racismo estrutural no Brasil. A obra se vincula à literatura negra e assim, desde o seu título, que problematiza uma fala aceita como naturalmente representativa do povo negro, até seu último verso, este cordel é um grito contrário à dominação cultural branca.
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Luana Andrade – Ralar para ganhar na cara
Esta poesia tem o objetivo de fazer reivindicações quanto a direitos trabalhistas e, também, de criticar a demora no atendimento do SUS e suas influências políticas.
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Ayran Bufalo – Meu Menino
Este é o retrato da mãe brasileira que perdeu o seu filho para o genocídio da população preta. A mãe consciente da ausência da garantia de direitos para as populações mais vulneráveis. Ela tem certeza do que ela quer. Mas tem mais certeza ainda daquilo que ela não quer viver novamente.
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Vinícius Leonam – Era noite em Recife
“Defenda o seu preto, preta, prete, no meio da rua”. Com essa “lombra histórica”, os artistas fazem sentir e refletir sobre os conflitos sociais que afetam nosso país, mas também instiga a resistência do “amor preto”.
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O´hara Raiz
Vídeo produzido com a ideia de mostrar que ”o céu tem poder de cura” e para inspirar as pessoas a apreciarem e a absorverem as boas energias do universo, além de instigar a liberdade de ocupar, especialmente, por parte das mulheres.
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Nyl MC – Sindemia/Parasitas
Música. Trecho do curta/clipe experimental “Para Melhores Dias”, no qual o espectador acompanha a personagem Nina, através de suas percepções e sensações da fase mais aguda da pandemia, com o aprofundamento das desigualdades socioeconômicas e os métodos do atual governo.
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Jesal – Dias Mulheres Virão
Nesta produção, a liberdade ampla e irrestrita é cantada e defendida, assim como a perseverança na luta por um novo sistema político, que assista e respeite a todos. A melodia traz mensagens sobre uma democracia e dias melhores, nos quais não importarão a cor, o gênero ou o ponto de vista das pessoas.
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Onira Yuri Tripodi – Rede Condenada
Esta videoperformance utiliza imagens para representar a luta pelo direito ao próprio corpo e pelo direito constitucional à intimidade/privacidade, que são violados a todo instante. Também faz referência ao projeto dos ‘NeuroDireitos’, que se relacionam com os direitos da mente, como privacidade mental e salvaguarda de dados e informações particulares.
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Bicicastelo – Me Rualizar
Produção que sintetiza a ideia de que “a rua é a escola de todo santo dia para quem não cabe na carteira”. Mostra a precarização dos modos ‘perifériques’ de vida, sobretudo impulsionados pela falta de reconhecimento às diversidades, sejam elas identitárias, culturais, artísticas, de gênero e de diferentes linguagens, que vão naturalmente num sentido contra a hegemonia capitalista.
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Poeta Revolução
Com poesia, informa sobre os direitos humanos e a responsabilidade que devemos ter com o meio ambiente, sobre as desigualdades sofridas no Brasil e como combater diretamente o racismo. A produção retrata cenas do cotidiano, enquanto a juventude manifesta seu desejo de ser protagonista e de utilizar a arte como resistência.
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Fykyá Pankararu
Com teatro/poesia, a videoperformance mostra problemas ambientais que afligem os povos originários e chama à reflexão sobre as violações cometidas por megaempreendimentos, que afetam os territórios e seus povos. A ideia foi trazer visibilidade a questões climáticas na Caatinga, em especial no território indígena Pankararu.
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Bonelly Pignatário – Identidade de Gênero
A partir da performance, o artista reforça a importância de um sistema inclusivo, que respeita a individualidade de cada pessoa e garante a liberdade de ser quem se é. É função do sistema político garantir que nenhuma pessoa seja excluída da sociedade ou invisibilizada.
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Aline Ferreira – De rocha, véi
Por meio de rimas, o trabalho poético de Aline expressa inconformismo social e que avisa: “se tu não for esperto, vai aprender com o jornal a odiar com intensidade sua classe social, aí é fatal!”
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Christiane Andrade Alves – Desenhando caminhos
Desidentificando o que é anunciado naquilo que é efetivado nas estruturas de poder político do país, a artista parte em busca de consistência no encontro com pessoas nas ruas, desenhando-as com a contrapartida daquilo que se compartilha de mais precioso: o tempo.
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Udi Santos – AGÔ
Este vídeo traz a beleza de imagens abstratas ao mesmo tempo em que fala de respeito, agradecimento e retomada. Pede que nem um passo seja dado para trás. Diz que “somos frutos de uma árvore já crescida e nos faremos sementes para as novas germinações”. Roga “ajeita essa coroa; seu reinado é aqui” e revela-se ao final.
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Nadja Dulci – Estatuto do Homem (Tiago de Mello)
A poesia de Tiago de Mello fica ainda mais bela na sublime interpretação de Nadja Dulci.
“Fica decretado que agora vale a verdade / agora vale a vida, / e de mãos dadas, / marcharemos todos pela vida verdadeira”. Confira todos os artigos do Estatuto:
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Aleff Bernardes – Linha de Partida
Trazendo uma reflexão gerada pelo jogo dos privilégios, a performance questiona a igualdade racial/social ou a falta dela no atual Brasil. O artista aborda o reencontro ancestral africano/afro diaspórico, que “tem salvado nossa memória, mas seguimos no enfrentamento dia após dia, de cara para um precipício que não escolhemos enfrentar. Começamos em desvantagem”.
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