Demóstenes Torres tem mandato cassado

O plenário do Senado acaba de cassar o mandato do senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) por 56 votos a 19. Foram registradas cinco abstenções. A votação foi secreta. É a segunda vez na história da Casa que um senador perde o mandato por decisão de seus pares. O primeiro foi Luiz Estevão, em 2000, eleito pelo PMDB do Distrito Federal. Com a votação, Demóstenes fica inelegível por oito anos após a previsão de final de mandato, em 2019, ou seja, só poderá voltar a se candidatar a partir de 2027.

Demóstenes foi cassado depois que dois inquéritos da Polícia Federal, nas operações Vegas e Monte Carlo, apontaram sua estreita ligação com o contraventor Carlos Cachoeira – captadas em centenas de diálogos telefônicos interceptados pela PF. As conversas mostram que o agora ex-senador agia junto ao parlamento, à imprensa e ao judiciário para favorecer os negócios de Cachoeira e usar os serviços de arapongagem deste para atacar inimigos.

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Organizações signatárias da Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as OSCs enviam carta ao Ministro Gilberto Carvalho

No último dia 2, entidades signatárias da Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as OSCs enviaram uma Carta ao Ministro Gilberto Carvalho.

Leia abaixo.

Sr. Ministro Gilberto Carvalho,

Nós, representantes das organizações signatárias da Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as OSCs, participantes do Grupo de Trabalho constituído pela Presidência da República para elaborar propostas de marcos regulatórios para o setor, vimos por meio desta compartilhar nosso balanço dos resultados alcançados pelo GT até aqui, assim como nossas expectativas quanto à sua continuidade.

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Ativistas da web defendem aprovação imediata do Marco Civil da Internet

 
Reivindicação faz parte da “Carta de Olinda”, documento resultante do 2º Fórum da Internet no Brasil, encerrado ontem

Os participantes do 2º Fórum da Internet no Brasil, realizado até ontem em Olinda, Pernambuco, elaboraram uma carta ao relator do projeto do Marco Civil da Internet, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), defendendo a aprovação imediata da proposta. Segundo eles, a proposta “crucial para a garantia da liberdade e dos direitos de cidadania, individuais e coletivos na rede”. Centenas de assinaturas digitais já apoiam o documento.

“A Internet encontra-se sob ataque. Em vários países, grandes corporações e segmentos retrógrados da máquina estatal querem restringir as possibilidades democráticas que a Internet nos trouxe, bloquear o compartilhamento de bens culturais e impedir a livre criação de conteúdos, plataformas e tecnologias”, argumentam os representantes de entidades da sociedade civil, que assinaram a “Carta de Olinda”.
 

 

Para esses ativistas, o princípio de neutralidade da rede é preciso ser assegurado no Marco Civil da Internet. “Não aceitamos que os controladores da infraestrutura física da internet imponham qualquer tipo de filtragem ou interferência política, econômica, comercial, cultural, religiosa, comportamental, por origem ou destino dos pacotes de dados que transitam na web”, sustentam.
 

A preocupação das entidades é com as pressões dos grupos econômicos internacionais para que se efetive a remoção de conteúdos da rede sem ordem judicial efetiva. “É inaceitável que os provedores sejam transformados em poder judiciário privado e sejam instados a realizar julgamentos sem o devido processo legal, sem a garantia do direito constitucional de ampla defesa. Repudiamos a instalação de um estado policialesco e da censura instantânea”, insistem.
 

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Carta Aberta pela Democratização e Transparência do Orçamento Público

O INESC e o CFEMEA elaboraram uma Carta sobre a questão da transparência e do controle social no orçamento público, que será direcionada ao Governo Federal e ao Congresso Nacional.

As entidades que desejam assinar a Carta devem enviar email para [email protected] ou [email protected]

Veja abaixo a íntegra da Carta.

Carta Aberta ao Governo Federal e ao Congresso Nacional pela Democratização e Transparência do Orçamento Público

As organizações e movimentos sociais que lutamos para democratizar o debate e as decisões sobre as finanças públicas, por transparência das ações do Estado e acesso público às informações vimos a público expressar nosso protesto contra medidas recentemente adotadas pelo governo federal para modificar a estrutura de elaboração do projeto de Lei Orçamentária para 2013. Essas medidas, adotadas em nome de uma eficácia gerencial, vão de encontro ao que já se construiu com muito esforço político em termos de democratização do processo orçamentário. É um retrocesso com o qual não se pode concordar. 

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Câmara aprova 10% do PIB para a Educação

Depois de muita pressão da sociedade civil, a comissão especial do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) aprovou ontem (26) a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País em políticas da área no período de 10 anos. A conquista foi bastante comemorada pela CNTE, que promoveu ampla mobilização pelo percentual e acompanhou todo o processo de votação da matéria, desde o início. "Foi uma vitória da mobilização organizada, da persistência, dos que nunca desistem e que sabem que é importante a pressão sobre o parlamento de uma maneira democrática. Vitória da CNTE, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, enfim, uma vitória de quem defende a educação pública de qualidade, socialmente referenciada", afirma o presidente da Confederação, Roberto Franklin de Leão.

A sessão da Comissão Especial do PNE começou com atraso. Para garantir que fossem analisados os destaques à meta 20 do Plano, que possibilitavam o aumento do investimento de 8% para 10% do PIB, alguns parlamentares abriram mão de apresentar seus destaques referentes às outras metas. A reunião chegou a ser interrompida às 17h30 para que os deputados comparecessem à Ordem do Dia, mas foi retomada em seguida. A ideia era que a votação dos 10% não fosse adiada. Tudo foi acompanhado em uma sala lotada por representantes de entidades da sociedade civil e estudantes, que cantavam e faziam coro para que a votação não fosse deixada para outro dia.

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Movimentos Sociais repudiam golpe de Estado no Paraguai

Em reunião com o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, movimentos sociais e parlamentares brasileiros entregaram uma moção em que repudiam o golpe perpetrado no Paraguai. As entidades ainda exigiram o não reconhecimento do governo golpista, suspendendo o Paraguai da Unasul e Mercosul.

“Nós estamos em defesa da democracia e, desta forma, estendemos a nossa solidariedade ao povo paraguaio que resiste à destituição ilegítima e antidemocrática, que afronta todos os povos da América Latina e Caribe que lutam por justiça social”, disse Alexandre Conceição, integrante da coordenação nacional do MST.

Segundo o ministro Patriota, o governo brasileiro considera que houve uma “ruptura da plena vigência da democracia”. Patriota afirmou que a negação do direito à defesa ao presidente Lugo compromete o procedimento adotado pelo parlamento paraguaio.

Para o ministro, o Paraguai convive com estruturas fundiárias arcaicas, oligopólios e setores que não concordam com processos políticos mais plurais. “O que aconteceu não trouxe soluções, mas dificuldades para o País, o aumento do isolamento político", disse. Patriota afirmou que o Brasil não aplicará sanções e bloqueios que prejudiquem o povo paraguaio. No entanto, punições devem ser aplicadas. “O Paraguai já não tem o direito de participar da Cúpula do Mercosul. A expectativa é que a Unasul tome o mesmo posicionamento.", completou.

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