Plebiscito Popular, representatividade e participação

 

Estamos em período de eleição e não há momento melhor para falarmos sobre o conceito de representatividade política que temos.Temos mais de 30 partidos e mais de 2 mil candidatos para deputados federais e estaduais. Os processos para eleger um político muitos sabem, mas quase ninguém sabe o processo que leva o candidato ao poder. De um lado os investidores, do outro os cidadãos. O cara da grana investe x na campanha do candidato y. O candidato precisa de dinheiro para fazer com que o povo o conheça e o eleja e os investidores precisam de gente que resolva os problemas deles. No ponto de vista dos que “lucram” com isso, está tudo resolvido. Continuam ganhando dinheiro e a população continua sem direitos. Como um líder comunitário, um jovem militante conseguiria se eleger sem dinheiro? Por isso o financiamento público de campanha é importante. Se um fundo público de campanha financiar igualitariamente a campanha de todos os candidatos teremos mais opções e menos erros.

 

Dos 594 parlamentares 273 são empresários, 160 ruralistas e 66 evangélicos só 91 são representantes dos trabalhadores e numa população de mais de 50% mulheres como pode apenas 8% das vagas do congresso serem delas. Deste jeito não pode continuar!

 

Em junho do ano passado o povo saiu às ruas e pediu mudanças. Mas o congresso jamais aprovaria demandas que fossem contrárias aos interesses de seus investidores, mesmo porque os parlamentares têm dívidas com os empresários. 

 

Como melhorar as políticas públicas para mulheres sem mulheres para contribuir?

 

Como aprovar políticas públicas para acabar com preconceito contra negros e homossexuais sem eles para ajudar na construção da ideia?É por isso que alguma coisa deve ser feita, e é já!

 

O povo organizou um plebiscito popular, uma ferramenta de consulta. A pergunta é: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político”?Traduzindo: “Você é a favor de uma mudança no sistema político”? 

 

O plebiscito popular acontece na semana da Pátria, entre os dias 1 e 7 de setembro. Mais de 300 movimentos sociais no Brasil dizem SIM e você? Como é um plebiscito POPULAR, organizado pelo povo e para o povo, não é oficial e por isso a grande mídia não divulga. Ele não é “legal”, mas servirá de pressão ao congresso para definitivamente conquistarmos alguma mudança real. Nossa meta é alcançar o número de 10 milhões de votos. A novidade neste plebiscito popular é a votação na internet. No site plebiscitoconstituinte.org.br você poderá ter o passo a passo da votação.


Os movimentos sociais precisam fazer “barulho” e o mais interessante seria se todos os cidadãos fossem às urnas do seu bairro, da sua cidade, do seu sindicato para deixarem contribuição. No ato da votação, o eleitor terá que apresentar um documento com foto e assinar uma lista, depois é só dizer SIM e pronto. A participação social é importante para que realmente a democracia aconteça.

 

Democracia na mídia e na política quando? JÁ!

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