Lançada em setembro de 2013 por 43 entidades da sociedade civil – entre elas UNE, OAB, Plataforma e CNBB -, a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas fortalece sua luta, buscando agora assinaturas por todo país para que a Reforma Política aconteça.
O ex-presidente da UNE e representante da OAB, Aldo Arantes, conta que a campanha está em um momento importante. “Precisamos acelerar as coletas de assinaturas. Estamos formando comitês e também uma coalizão parlamentar com representantes de diversos partidos. O objetivo é atuar internamente, ajudando no processo de mobilização interno”.
Um dos pontos principais da Reforma, a proibição de doações vindas de empresas a candidatos e partidos, já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça no último dia 16 de abril e segue agora para votação na Câmara, porém, Aldo alerta que também está em andamento uma proposta do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que coloca em pauta um projeto oposto que tenta constitucionalizar a doação de campanha por empresas privadas. “[Este projeto] vai na contramão do movimento social que está reivindicando uma reforma política democrática. Isso é uma contra reforma. Só com forte pressão popular é possível impedirmos a aprovação da reforma conservadora”.
Neste momento, a Coalizão busca coletar cerca de 1,5 milhão de assinaturas para que a proposta da Coalizão vire um projeto de lei de iniciativa popular. Caso isso aconteça, haverá grande pressão no congresso nacional para que o projeto seja discutido e vigore já para as próximas eleições.
Luta
Dia 5 de maio haverá uma reunião às 8h, no Rio de Janeiro, com o propósito de organizar uma caminhada em defesa da reforma política. “Será uma caminhada nacional no dia 22 de maio. É fundamental a presença de todas as lideranças intelectuais e artistas para reforçar a luta”, convoca Aldo.
O ex-presidente da UNE aproveita para lembrar a força do povo na rua. “É indispensável uma forte pressão social para que o Congresso se movimente. Precisamos chegar a 1,5 milhões (de assinaturas), talvez 2 milhões, por isso é fundamental o povo na rua”, conclui.
Fonte: UNE