Inesc e Andi lançam pesquisa Parlamento e Racismo na Mídia

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Racismo

O cenário da falta de representação do/a negro/a no parlamento já é desolador. Embora representem mais de 50% da população brasileira, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, os/as negros/as são minoria no Parlamento brasileiro, representando menos de 10% do total de parlamentares. De acordo com levantamento realizado pela União de Negros pela Igualdade (UNEGRO), dos/as 513 deputados/as federais, somente 43 se reconhecem como negros/as. Dos/as 81 senadores/as, apenas dois são negros/as.

Se por um lado existe uma ausência dos negros/as no legislativo, a pesquisa demonstra também a dificuldade da mídia em tratar o tema racismo. Mais da metade dos 401 textos analisados (56,1%) não menciona o conceito de racismo. As notícias afastam-se do debate histórico, filosófico, sociológico e antropológico sobre o fenômeno, ainda que abordem mecanismos de combate ao racismo (tais como cotas e legislação na área).

Embora parte significativa das notícias (35,4%) admita a existência do racismo, a grande maioria (83,4%) do noticiário trata de maneira geral a questão da igualdade/desigualdade racial, o que não é o mesmo que tratar de racismo.

Principais temas abordadosA pesquisa também aponta que as temáticas mais abordadas pelo noticiário sobre Parlamento e Racismo na Mídia foram a política de cotas para ingresso de negros em instituições do ensino superior (23,2% de todos os textos) e as comunidades quilombolas (14,5% do total de notícias).

O estudo também traz uma seção especial, que aborda 74 textos, capturados nos dois dias subseqüentes à aprovação do Estatuto da Igualdade Racial na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O objetivo foi examinar o comportamento da imprensa escrita brasileira em relação ao processo de construção e aprovação da lei nas duas casas legislativas.

Fonte: www.inesc.org.br

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