No lançamento da campanha, a desembargadora Dora Martins explicou que a Associação dos Juízes para a Democracia é constituída por juízes que não se conformam com a lentidão do Judiciário brasileiro e, ao se depararem com a situação Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul, se sensibilizaram com a causa indígena e decidiram lançar o manifesto. “Entendemos que como juízes precisávamos fazer alguma ação”, afirmou a desembargadora.
As entidades também denunciam que as terras indígenas não são demarcadas “com a presteza fincada na Constituição Federal”, o que, segundo elas, deixa os povos indígenas vulneráveis a diversas violações de direitos humanos na disputa pela terra. “Assim, temos o extermínio, desintegração social, opressão, mortes, ameaças, marginalização, exclusão, fome, miséria e toda espécie de violência física e psicológica, agravada, especialmente, entre as crianças e jovens indígenas”, afirma o documento. “A terra é o eixo vital para sobrevivência física e cultural de um povo e, se referindo aos povos indígenas, identifica todas as suas ações e a recuperação da sua identidade como povo, cultura, costume e tradição”, ressaltou Emília Altini, vice-presidente do Cimi, no lançamento da campanha.
Para assinar o manifesto, acesse www.causaindigena.org