Marco Maia diz que há consenso sobre pontos da reforma política

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Maia defendeu ainda a participação efetiva da sociedade nos debates da reforma. “Precisamos migrar para um sistema que dê condições objetivas para que o cidadão, de forma transparente, acompanhe a política e saiba exatamente o que está em discussão em cada projeto”, afirmou.

Atraso
Para o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado estadual Adão Villaverde (PT), a reforma política já está atrasada em relação a outros avanços brasileiros. “É uma grande contradição o País crescer, se desenvolver, gerar emprego, gerar renda, ganhar soberania do ponto de vista das relações externas e continuar sendo um país que, do ponto de vista da estrutura político-eleitoral, tem um modelo evidentemente superado.”

Também presente no encontro em Porto Alegre, o relator da Comissão Especial da Reforma Política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), defendeu uma maior participação direta dos cidadãos, por meio de projetos de iniciativa popular, plebiscitos e referendos.

Fontana ressaltou, porém, que nem tudo que se quer é possível e que não se pode correr o risco de ficar tudo como está. “A cada ponto que se coloca na alteração do sistema político, encontramos um grupo de oposição a esse ponto. Se permitirmos que cada ponto some um grupo de oposição, teremos uma maioria que não tem proposta de mudança e que fica com a proposta do ‘continua como está’. E isso é que nós não podemos, de forma alguma, permitir que ocorra”, afirmou.

Também participou do evento o presidente da comissão especial, deputado Almeida Lima (PMDB-SE). A próxima conferência será realizada em Aracaju (SE), na próxima sexta-feira (13).

Reuniões em Brasília
A comissão volta a reunir-se nesta terça-feira (10), em Brasília, para discutir processo e propaganda eleitoral, unificação das eleições e regras para suplência de senador e deputado. O encontro será às 14h30, no plenário 2.

Na quinta-feira (12), às 9h30, haverá audiência pública com três cientistas políticos: Cláudio Gonçalves Couto, professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo; Jairo Nicolau e Fabiano Santos, professores do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Iesp/Uerj).

A audiência, também no plenário 2, foi sugerida pelo deputado João Paulo Lima (PT-PE).

Fonte: Agência Câmara

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