Por TV Bahia e g1 Bahia
Degraus altos, além de catracas, cadeiras e corredores estreitos são alguns dos problemas de acessibilidade nos ônibus do transporte público de Salvador apontados por integrantes do “Movimento Vai Ter Gorda”.
Como forma de combate a gordofobia e para pedir acessibilidade nos coletivos, o grupo realizou um manifesto nesta quarta-feira (19), na Estação da Lapa, também na capital baiana.
No ato, as mulheres que fazem parte do movimento seguraram cartazes com frases como “diga não à gordofobia” e “acessibilidade, humanização e direitos humanos”.
Elas também solicitam o desarquivamento do Projeto de Lei 303/2019, para que pessoas gordas tenham o direito de entrar no coletivo pela porta de desembarque.
Segundo Adriana Santos, fundadora do movimento, a primeira dificuldade que elas encontram é o acesso ao coletivo pelos degraus.
“Muitos degraus são altos e não têm uma sustentabilidade para a gente. Isso dificulta nosso primeiro acesso nos ônibus, então a gente pede mais uma vez essa atenção”, disse.
Adriana destacou a dificuldade para passar nas catracas, de sentar nas cadeiras que geralmente são estreitas e de andar pelo corredor do coletivo.
“[Tem também] os constrangimentos e a violência psicológica que sofremos todos os dias, o que exclui muitas mulheres de acessar seus direitos básicos de seres humanos”, afirmou.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob), que informou por meio de nota, que não há no regulamento do transporte público municipal uma previsão para este tipo de acesso aos veículos de transporte público na capital baiana.
Ainda na nota, a Semob garantiu que tem estudado formas de facilitar o acesso destes usuários aos ônibus da cidade. A pasta acompanha, ainda, o Projeto de Lei na Câmara Municipal que prevê este acesso e aguarda sua tramitação.