Nesta quarta (19) foi o último dia do encontro “A democracia que queremos”. Com o objetivo de localizar a discussão da Reforma Política nas questões da conjuntura atual, que envolve, sobretudo, um cenário de ofensiva neoliberal e o desmonte dos direitos conquistados pela classe trabalhadora, através de um projeto político das grandes elites brasileiras e dos segmentos conservadores presentes no Congresso Nacional que estão sustentando o governo ilegítimo do Michel Temer.
O cenário brasileiro e da América Latina foi analisado por uma mesa composta pelos representantes da Frente Brasil Popular, Ricardo Gebrin, Frente Brasil Povo em Medo, Vitor Guimarães, a Deputada Federal, Luíza Erundina, a representante do SOS Corpo, Carmen Silva e a candidata à presidência do Paraguai, pelo partido feminista e ecologista, Lilía Soto
Fazendo uma comparação entre os cenários brasileiros e paraguaios, Lilia Soto enxerga na resistência popular a principal força motriz mudanças estruturais.
“Como o Brasil, o Paraguai também passou por um duro golpe político e também estamos vivenciando um governo ultraliberal, que está atacando os direitos dos trabalhadores. E também, assim como o Brasil, a classe trabalhadora vem oferecendo resistência e é dessa indignação que firmo a minha fé, nas mudanças que precisamos construir”, defende Líria.
O representante da Frente Povo sem Medo fez coro a importância dos sentimentos que já existem na rua. “Precisamos dialogar com os sentimentos que estão na rua. Precisamos dar vazão ao Poder Popular e inserir a luta pela Reforma Política, com uma linguagem que as pessoas entendam o que significa a mudança do sistema política nas suas vidas”, relatou o Vitor.
Em que pese a ampliação da Plataforma de reforma política, uma das grandes preocupações do Encontro, para a representante do SOS Corpo, Carmen Silva, “é preciso recolocar a discussão da Reforma Política a partir da diversidade que envolve os movimentos sociais e de suas bandeiras”.
Finalizando a mesa, a deputada Luíza Erundina aponta para a “necessidade de uma força tarefa que possa retomar a luta pela Reforma Política, que esteja entrelaçada aos movimentos das ruas e fiscalizando com os acontecimentos dantescos que estão acontecendo no Congresso Nacional”.
Horizontes
Do encontro sairá uma nova agenda e estratégia para a pauta da Reforma Política, que será sistematizado pela maioria das organizações presentes no espaço e enviadas como documento político norteador da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Política.