Entre os candidatos ao Senado, 68% se declaram brancos

 

Dois em cada três candidatos ao Senado nas Eleições 2014 se declaram brancos. O outro terço das candidaturas é composto por pretos, pardos e índios, aponta levantamento inédito feito peloR7com base nos dados disponibilizados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) neste ano.

Esta é a primeira eleição em que o sistema de divulgação de candidaturas da Corte inclui a cor de pele dos candidatos.
Entre os 180 candidatos ao Senado nas 27 unidades da Federação, 123 (68,3%) se declaram brancos, 39 (21,7%) se declaram pardos, 15 (8,3%) se declaram pretos, e três (1,7%) se declaram indígenas. Ao todo, pretos, pardos e índios são 31,7%. Nenhum candidato declarou ter origem oriental.


A proporção de brancos entre os candidatos é superior à da população em geral. De acordo com o Censo 2010, 47,7% dos 190 milhões de habitantes do País se declaram brancos; 43,1% se declaram pardos; 7,6% se declaram pretos; 0,4% se declara indígena; e 1,1% se declara amarelo.
A denominação “preto”, em vez de “negro”, é usada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na categoria amarela, entram pessoas que se declaram de origem japonesa, chinesa e coreana.


Regiões


Entre as grandes regiões do Brasil, a área em que ocorre maior diferença entre a proporção de brancos candidatos e de brancos na população é a Centro-Oeste. A discrepância é de 35,9 pontos percentuais. Entre os candidatos, 77,8% se declaram brancos; entre a população, 41,8% se declaram brancos.

Norte e Nordeste têm discrepâncias semelhantes (de 34,9 e 30,2 pontos percentuais, respectivamente). No Sul e no Sudeste, a diferença, em pontos percentuais, é mais baixa do que no resto do País (17,0 e 15,8 respectivamente).
Os dados foram tabulados peloR7entre quarta-feira (16) e sexta-feira (18). As proporções ainda podem sofrer variações, pois os dados não estão totalmente consolidados. Questionado, o TSE afirmou que deve divulgar estatísticas referentes a outros cargos em breve.

No Congresso, tramita Proposta de Emenda Constitucional que define cotas raciais para candidaturas a deputado federal e estadual. O Senado não está incluído no projeto. No ano passado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou parecer favorável à proposta no ano passado.

Agência Senado

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