No centro do debate: Democratização da comunicação e reforma política

Dois temas centrais na pauta das entidades que representam os trabalhadores e dos movimentos sociais neste período eleitoral foram debatidos ontem (15), na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, pelo jornalista Altamiro Borges e pelo representante da Consulta Popular, Ricardo Gebrim. Um deles, a democratização da comunicação, abordada de maneira destorcida na última eleição – tanto que a presidenta Dilma teve que dizer em sua posse que não era favorável a nenhum tipo de controle da mídia. O outro, aquele cuja necessidade é levantada entra ano e sai ano, sempre às vésperas de um processo eleitoral, e até hoje não saiu do papel: a reforma política.

Ambos os temas são imprescindíveis para a consolidação da democracia brasileira, além de estarem, de certa forma, atrelados. Por um lado, para uma reforma política de viés verdadeiramente democrático, é essencial romper com o monopólio midiático que não só busca atuar de fato como “quarto poder”, como a imprensa é costumeiramente descrita, mas, mais do que isso, comporta-se como partido político, tentando manipular e interferir diretamente no resultado das eleições. Por outro, uma regulamentação da comunicação que rompa com essa lógica nociva carece da votação de um Parlamento que não esteja subjugado a interesses dos barões da mídia, realidade que, para ser modificada, precisa de uma reforma política.

No entanto, neste ano, as duas pautas contam com o fortalecimento do engajamento do movimento social em sua defesa, de modo a reinseri-las no debate eleitoral e garantir o comprometimento dos candidatos com as causas.

Da redação, com informações do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

 

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