Deputados analisam novas regras definidas pelo TSE para eleições deste ano

Deputados analisam novas regras definidas pelo TSE para eleições deste ano
Tribunal Superior Eleitoral aprovou na quinta-feira (27) três resoluções com novas regras para as eleições.
 
Arte/Secom
Dep. Esperidião Amin (PP-SC)
Esperidião Amin: financiamento de campanha deveria ser tratado em lei.
Candidatos que concorrerão a um cargo nas eleições de outubro estão proibidos de usar serviços de telemarketing e não poderão associar seus nomes a órgãos públicos. Pelas novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aprovadas na quinta-feira (27), também será obrigatório o uso de legendas ou da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na propaganda eleitoral e nos debates na TV. A ideia é facilitar a compreensão por pessoas com deficiência.
 
O líder do PT, deputado Vicentinho (SP), disse que é favorável às regras, mas estranhou a proibição do telemarketing. "[Essa norma] limita a atuação dos candidatos, sobretudo os que têm dinheiro. Nas minhas campanhas, eu nunca usei telemarketing. Então, para mim, não muda nada, mas não esperava que houvesse essa decisão. Agora, o destaque mesmo foi a decisão sobre o uso de Libras e legendas", afirmou.
 
Financiamento de campanha
Além das novas medidas, o TSE manteve a regra segundo a qual o candidato só pode financiar sua campanha com recursos próprios com até 50% de seu patrimônio.
 
O relator da proposta de reforma política (PEC 352/13) na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado Esperidião Amin (PP-SC), concordou com as novas regras, mas ressaltou que o financiamento de campanha deveria ser tratado em lei e não por meio de uma resolução da Justiça Eleitoral.
 
"Essa decisão do tribunal extrapola sua competência. O tribunal não pode fixar, quem tem de fixar é a lei, mas [a decisão] vem ao encontro do propósito do projeto de reforma do qual sou relator. Quer dizer, no mérito, estamos de acordo. Na forma, o TSE, mais uma vez, exorbita. Agora, nesse caso, exorbita claramente diante da inércia do Legislativo", disse Amin.
 
Substituição de candidatos
O TSE definiu ainda que os partidos só podem substituir seus candidatos 20 dias antes da eleição. Antes da norma, o prazo era de 24 horas antes do pleito. Já o voto em trânsito vai valer nas cidades com mais de 200 mil eleitores. No último pleito, o eleitor podia votar em trânsito apenas nas capitais.
 
As regras definidas pelo TSE disciplinam as eleições deste ano, quando o brasileiro vai escolher o presidente e o vice-presidente da República, deputados federais, senadores, governadores e vice-governadores, e deputados estaduais e distritais. Os dois turnos ocorrem em outubro (nos dias 5 e 26)

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Ato público na Câmara pede o fim do voto secreto

Ato público na Câmara pede o fim do voto secreto
O Salão Verde da Câmara foi palco de um ato público nesta quarta-feira (12) para pedir o fim do voto secreto parlamentar em votações realizadas pela Câmara, Senado e Congresso Nacional.  Deputados integrantes da Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto e estudantes querem pressionar os parlamentares a analisar as propostas que tramitam na Câmara.
Com cartazes e um varal contendo assinaturas de cidadãos de todo o país que apoiam a iniciativa, os manifestantes fizeram uma “passeata” pelo Salão Verde, área próxima ao plenário da Câmara. “Demos a volta no Salão Verde para demonstrar nossa vontade em acabar com esse obscurantismo na Casa”, afirmou o deputado Chico Alencar (Psol-RJ).
 
Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa marcou para a próxima terça-feira (18) a votação da Proposta de Emenda à Constituição 196/12, que prevê o voto aberto para cassações de mandato. O texto, de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), está à espera do parecer de admissibilidade na comissão. Ela ainda precisa passar por uma comissão especial e depois pelo plenário para ser promulgada. De acordo com o presidente da CCJ, Décio Lima (PT-SC), a proposta do senador tucano é que possui maior consenso entre os líderes.
 
“Nós defendemos o voto aberto para todos os tipos de votação no Congresso, mas entendemos que há mais disposição em votar esse projeto que acaba com o voto secreto apenas nos casos de cassação. Já é um primeiro passo importante, mas vamos continuar lutando por mais transparência na Casa”, explicou o presidente da frente, deputado Ivan Valente (Psol-SP). Ele acredita que a proposta pode ser votada pelo plenário da Casa em 2 de julho.
 
Representantes do movimento Juventude Consciente apresentaram aos parlamentares mais de 100 mil assinaturas recolhidas em todo o país de pessoas que apoiam o fim do voto secreto no Congresso. Para o diretor-geral do movimento, Rafael da Escossia, é direito dos eleitores saber como votam os seus representantes.

 

O Salão Verde da Câmara foi palco de um ato público na última quarta-feira (12) para pedir o fim do voto secreto parlamentar em votações realizadas pela Câmara, Senado e Congresso Nacional.  Deputados integrantes da Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto e estudantes querem pressionar os parlamentares a analisar as propostas que tramitam na Câmara.

 
Com cartazes e um varal contendo assinaturas de cidadãos de todo o país que apoiam a iniciativa, os manifestantes fizeram uma “passeata” pelo Salão Verde, área próxima ao plenário da Câmara. “Demos a volta no Salão Verde para demonstrar nossa vontade em acabar com esse obscurantismo na Casa”, afirmou o deputado Chico Alencar (Psol-RJ).
 

Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa marcou para a próxima terça-feira (18) a votação da Proposta de Emenda à Constituição 196/12, que prevê o voto aberto para cassações de mandato. O texto, de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), está à espera do parecer de admissibilidade na comissão. Ela ainda precisa passar por uma comissão especial e depois pelo plenário para ser promulgada. De acordo com o presidente da CCJ, Décio Lima (PT-SC), a proposta do senador tucano é que possui maior consenso entre os líderes.

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Proposta antecipa definição de candidatos e reduz período de propaganda eleitoral

 
 
A Câmara analisa o Projeto de Lei 4809/12, do deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA), que altera diversos prazos eleitorais. Dentre outras mudanças, o texto antecipa a data de definição dos candidatos e reduz o período da propaganda eleitoral.

 

O projeto modifica os prazos contidos na Lei 9.504/97, que trata de normas para as eleições. “Entendemos que as convenções partidárias e a escolha de candidatos têm sido demasiado tardias e próxima às campanhas”, diz o deputado.

Conforme o texto proposto, a escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 10 a 30 de abril do ano em que se realizarem as eleições. A lei atual fixa esse prazo no período entre 10 a 30 de junho.
 

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