Leonardo Fernandez
Os partidos políticos têm de 20 de julho até o dia 5 de agosto para realizar suas convenções e oficializar suas candidaturas às eleições de 2018. Já nos primeiros dias do prazo, cinco legendas saíram na frente e confirmaram seus candidatos.
Na sexta-feira (20), o Partido Democrático Trabalhista (PDT) confirmou por aclamação o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, na disputa presidencial. “Convoco todos vocês, queridas irmãs e irmãos, a começar hoje mesmo uma caminhada que vai mudar o Brasil”, disse o candidato durante o evento, que reuniu a militância pedetista em Brasília. O candidato ou candidata a vice-presidente ainda não foi definido.
Também na sexta, o Partido Social Cristão (PSC) confirmou o nome do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Paulo Rabello de Castro como candidato à presidência. No discurso, Castro defendeu o ‘enxugamento da máquina pública’ e o ‘fim do déficit primário do governo em 2019’. O PSC também não escolheu o candidato a vice.
Outra legenda que definiu sua participação das eleições presidenciais ainda na sexta foi o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), que lançou o nome de Vera Lúcia como candidata. O partido decidiu ainda que não fará coligações nas eleições desse ano. A convenção ocorreu na sede do Sindicato dos Metroviários, na capital paulista. A operária terá o professor Hertz Dias como vice na chapa.
No sábado (21), O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) realizou sua convenção em São Paulo e confirmou o nome do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, como cabeça da chapa presidencial, ao lado da liderança indígena Sônia Guajajara, como vice. Em seu discurso, Boulos saudou os movimentos sociais e os partidos que fazem parte da aliança. O Partido Comunista do Brasil (PCB) também integra a coligação.
“Nosso primeiro compromisso é revogar as medidas desse governo corrupto. Estamos nos últimos anos resistindo ao governo Temer nas ruas. Agora é hora de resistir nas urnas”, disse Boulos, que também criticou a prisão política e a tentativa de impedir a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Partido dos Trabalhadores. “Nós condenamos a prisão política do ex-presidente Lula, que tem o objetivo de retirá-lo das eleições”, afirmou.
Quem também teve oficializada sua candidatura foi o deputado federal Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), durante convenção realizada no domingo (22), no Rio de Janeiro. Durante o discurso, o candidato da extrema-direita defendeu ‘extinguir a maioria das estatais’, bem como outras polêmicas propostas, como a implementação do projeto Escola Sem Partido e a redução da maioridade penal. A advogada e autora do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, Janaína Paschoal, cotada para vice na chapa Bolsonaro, participou da convenção e disse estar conversando com o partido sobre a composição.
O Partido da Mobilização Nacional (PMN) e o Avante também realizaram suas convenções nacionais mas decidiram não lançar candidatos à Presidência da República. O Avante não definiu se apoiará algum candidato no primeiro turno eleitoral. Já o PMN não apoiará nenhuma chapa nas eleições presidenciais.
No próximo sábado (28), Solidariedade, Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Verde (PV), Partido Social Democrático (PSD) e o Democracia Cristã (DC, ex-PSDC) devem realizar suas convenções. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realiza sua convenção no dia 1º de agosto. O Movimento Democrático Brasileiro (MDB. ex-PMDB), se reunirá no dia 3 de agosto. Já o Partido da Social Democracia (PSDB), a Rede Sustentabilidade, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Novo, fazem suas convenções no dia 4 de agosto, véspera do prazo limite.
Os partidos têm até o dia 15 de agosto para realizar o registro das candidaturas junto à Justiça Eleitoral.
Centrão é mais tucano
Em uma reunião realizada em Brasília na quinta-feira (19), líderes dos partidos que compõem o chamado centrão (Democratas, Partido Progressista, Partido da República, Partido Republicano Brasileiro e Solidariedade) definiram apoiar o ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin. O apoio ainda precisa ser aprovado nas convenções de cada legenda do centrão.