Mais de 244 mil votos foram contabilizados na consulta pública a respeito do Projeto de Lei 193 “Escola sem Partido” que tramita no Congresso Nacional, até manhã desta quarta-feira (20). Na pesquisa encontrada na página do Senado na web, a E-Cidadania, os votos contrários são maioria: 134.813 ante 110.151 votos a favor da proposta. De autoria do senador Magno Malta (PR-ES), o PL objetiva a proibição de manifestações ideológicas e político-partidárias por parte de professores em sala de aula.
Pais, educadores e grupos em defesa da educação denunciam que o intuito real é cercear a liberdade de expressão dos professores. Nos últimos dias, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) se manifestou publicamente contra esse tipo de iniciativa legislativa. “[A proposta] fere a emancipação das instituições públicas de ensino e dos docentes e impõe a mordaça aos currículos promotores do crescimento da consciência das novas gerações”, disse em nota a entidade, que representa 41 instituições pelo país.
Já quem defende a proposta, ela seria um manual de como salvar as crianças do “monstruoso esquerdismo”, que destrói famílias e degrada crianças inocentes, segundo informações da página oficial do grupo “Defensores da Escola sem Partido”, no Facebook.