“Entendemos a reforma (política) como um passaporte para mudar a realidade. Um Parlamento que se mantém há décadas com um percentual de participação feminina de somente 10% não pode ser considerado algo democrático e inclusivo”, avaliou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB–AM), que deve ser reconduzida ao comando da Procuradoria Especial da Mulher do Senado.
A meta traçada pelas senadoras – de 25% a 30% – ultrapassa o dobro da atual participação feminina na política. No Senado, hoje, são 13 senadoras no total de 81 cadeiras (16%). Na Câmara, são 51 deputadas, ou 10% dos 513 membros.
Segundo adiantou Vanessa, a melhor estratégia para ampliar o percentual é o sistema de votação em lista, com alternância de gênero. “É o que praticam países que têm participação feminina na política de 25% a quase 50%”, observou a senadora comunista.
Mês da mulher
Quanto às atividades programadas para março, Vanessa destacou a instalação, no dia 3, da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher.
“Esta foi uma proposição fruto da Comissão Parlamentar Mista (CPMI) da Violência contra a Mulher e terá um papel fundamental no desenvolvimento de ações de combate à violência contra a mulher.
A programação inclui ainda duas exposições; recepção a embaixadoras em missão no Brasil; e uma audiência pública sobre a reforma política Inclusiva. O ponto alto da programação será a sessão especial do Dia Internacional da Mulher e a entrega do Prêmio Bertha Lutz, marcada para o dia 11, às 11h, no Plenário do Senado.
Fonte: Agência Senado