No discurso que deu início à 22a Conferência Nacional dos Advogados, na noite de segunda-feira (20), no Rio de Janeiro, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, clamou aos milhares de presentes ao evento empenho na realização de uma reforma política democrática no país e no combate sistemático à corrupção, duas bandeiras empunhadas pela OAB em sua luta pelo aperfeiçoamento das instituições republicanas.
“O Brasil necessita de uma profunda reforma política democrática para assegurar a igualdade de condições entre os candidatos, fortalecer e democratizar os partidos políticos, estimular o debate programático, diminuir os custos de campanhas eleitorais, conter o abuso de poder político ou econômico, proteger a probidade administrativa e implementar os instrumentos de democracia direta previstos na Constituição, como referendo e plebiscito”, disse.
“Apresentamos aos presidenciáveis a Carta do Contribuinte Brasileiro, exigindo maior justiça fiscal; e o plano de combate à corrupção. A República é incompatível com o desvio da coisa pública e o seu uso para fins ilícitos”, completou.
Quanto ao temário geral da Conferência Nacional, “Constituição Democrática e Efetivação de Direitos”, Marcus Vinicius disse que “uma nação constituída por um povo livre e de iguais, eis a promessa constitucional a ser efetivada. A razão de existência e a meta a ser alcançada pelo Estado brasileiro é a dignidade da pessoa humana.”
E completou: “Não aceitamos a voz única do autoritarismo. Temos repulsa ao preconceito, à discriminação e à intolerância. Propugnamos pela pluralidade, pelo respeito à diferença e pela centralidade do ser humano.”
Da Redação em Brasília
Com informações da OAB