‘Pílula fica, Cunha sai’: mulheres realizam ato em SP contra presidente da Câmara

 

 

Contra os posicionamentos do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e seu Projeto de Lei 5069/2013, que dificulta a realização de abortos por vítimas de estupro – complicando, por exemplo, o acesso à pílula do dia seguinte -, diversos movimentos de mulheres realizam um ato no centro de São Paulo, nesta sexta-feira (30), às 17h30.

“Iremos às ruas reafirmar a nossa autonomia dizendo ‘Pílula fica, Cunha sai’, dizem as organizadoras, no texto de chamamento do ato.

As ativistas ainda alertam que o PL do deputado pode gerar ainda mais prejuízos para as mulheres vítimas de violência sexual que, já fragilizada após a violência, não serão mais informadas sobre seus direitos legais e sobre os serviços sanitários disponíveis. “Mulheres pobres e negras são as que mais sofrerão com isso”, enfatizam.

Entre os movimentos e coletivos responsáveis pela mobilização estão Marcha Mundial de Mulheres, Liga Brasileira de Lésbicas, Frente pela Legalização do Aborto, Marcha Nacional das Mulheres Negras, Frente Contra o Assédio, entre outros.

Congresso

A manifestação em São Paulo acontece dois dias após o protesto de cerca de 5 mil mulheres, que lotaram as ruas da Cinelândia, centro do Rio de Janeito, com a mesma pauta.

A proposta é fortalecer cada vez mais as mobilizações pelo país para mudar o cenário favorável ao texto no Congresso. Aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na quarta-feira (21), por 37 votos a favor e 14 contra, o projeto será votado em breve no Plenário da Câmara.

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