com o objetivo de buscar unificar estratégias de mobilização social e convergir nas atividades operativas das campanhas.
A principal conquista da reunião, além de um maior conhecimento das campanhas, foi conseguir materializar esta convergência em atividades conjuntas e na troca de informações, possibilitando que outras parcerias ocorram.
As três campanhas tem o desafio de sensibilizar a sociedade para questões ainda pouco conhecidas e divulgadas, em atividades pedagógicas para a crítica, a denúncia e a proposição de alternativas ao atual modelo de sociedade na sua reprodução socioeconomica e na forma de fazer politica e participação social no país.
Marcius da Campanha contra agrotóxicos explicou que a organização da campanha ocorre por comitês, já em mais de 20 estados, além de diversos comitês locais e regionais. Há uma secretaria nacional em São Paulo e estão construindo uma coordenação nacional que soma diversas organizações nacionais.
E ressaltou que “os dados de contaminação por agrotóxicos no país são alarmantes, permitido pela legislação. A campanha é para denúncia e anúncio de um outro modelo de produção, com base na agroecologia. Há muita distorção de informações, as pessoas não sabem o que tem por trás da geladeira”.
O lançamento do vídeo de Silvio Tender está dando destaque a questão, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=WYUn7Q5cpJ8&list=PLD90DE56D682B3B42 Outro avanço obtido com a articulação é que o governo irá formar um comite interministerial para discutir o tema.
Na Iniciativa Popular pela Reforma do Sistema Político Brasileiro, Osíris retomou a construção da campanha pelo ficha limpa que desencadeou um amplo processo de debate na sociedade sobre a vida pregressa dos candidatos à eleição. Mesmo tendo sido aprovada no Congresso, a lei ainda tem o risco de ser subscrita. Osíris destacou que “a lógica do Congresso funciona pela pressão, por isso que o ficha limpa teve sucesso, subverteu a lógica vigente de uma casa de negócios”. A lei de iniciativa popular pela Reforma Política está em andamento, e tem o desafio de tratar de um tema que ainda mantém muitas divergências e interesses, principalmente dentro do Congresso e junto aos partidos políticos.
Para se chegar a um consenso mínimo diversas reuniões com as fundações partidárias, líderes partidários, centrais sindicais ocorreram, gerando o documento da lei de iniciativa popular. A principal conquista deste documento foram os dois pontos centrais de consenso: o financiamento público de campanha e voto em lista partidária. Além disso, um dos pontos de alteração é facilitar a proposição para uma lei de iniciativa popular, diminuindo o número de assinaturas necessárias e a burocracia, para maior participação, sem necessidade do título de eleitor, com o TSE responsável pela fiscalização da coleta e com possibilidade de voto eletrônico.
A campanha pela reforma política segue nas ruas, com mais de 300 comitês do MCCE no país e 51 entidades nacionais atuando na coleta.
A Campanha da Lei da Economia Solidária foi apresentada por integrantes da Coordenação Executiva do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, e tem o objetivo de conquistar uma lei de iniciativa popular que reconheça e apóie as práticas coletivas para uma sociedade justa, sustentável e solidária, buscando mostrar e envolver a sociedade na proposta. Já há mais de 137 pontos de coleta no país, com diversas organizações e fóruns locais envolvidos na coleta.
Sobre a convergência entre as campanhas, Diogo do FBES destacou que “todos nós queremos uma maior radicalização da democracia e temos que alterar a correlação de forças sociais, para isso precisamos da sociedade e temos que convergir as ações das nossas campanhas, que são complementares e fundamentais nesta construção”.
Dentre os encaminhamentos acordados foram: consolidar uma agenda comum entre as campanhas, com a participação em seminários, reuniões e eventos mútuos; troca e disponibilização de informações de todas as campanhas nos sites; construção de um texto que resuma as convergências; coleta conjunta das assinaturas pelos projetos de iniciativa popular da reforma politica e da economia solidária.
A expectativa é que a união de forças ocorre em todos os territórios que estão trabalhando com as campanhas, dando sequência ao esforço de diálogos e convergências entre movimentos sociais no nosso país.
Estiveram presentes representante das campanhas: Osíris pela Reforma Política; Marcius pela campanha contra os agrotóxicos e pela campanha da lei da economia solidária integrantes da coordenação executiva: Joelci, Diogo e Márcia Lima, além de Ligia pela Secretaria Executiva. Por problemas de agendas não conseguiram participar a Campanha em Defesa das Florestal e do Desenvolvimento Sustentável e a Campanha Nacional pela Produção de Alimentos Saudáveis: Produzir Alimentos saudáveis, cuidar da vida e da natureza!
Saiba mais das Campanhas
Lei da Economia Solidária: www.cirandas.net/leidaecosol
Reforma Política: www.mcce.org.br e www.reformapolitica.org.br
Contra alteração do código florestal: www.florestafazadiferenca.org.br
Contra agrotóxicos: http://pratoslimpos.org.br e http://contraagrotoxicosdf.wordpress.com/
Campanha Nacional pela Produção de Alimentos Saudáveis: Produzir Alimentos saudáveis, cuidar da vida e da natureza! http://www.mmcbrasil.com.br/campanhas/alimentos_saudaveis.html
Agendas
12/10: marcha contra corrupção, 10h no Museu da República, em Brasília – DF
Por Secretaria Executiva do FBES
15/12: atividades do dia nacional da economia solidária e coleta de assinaturas